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quarta-feira, maio 18, 2005

podia jurar que andava perdido, numa rede imensa, mas não é que era mesmo aqui que queria aterrar...
um pouco zonzo ainda começo a reconhecer o ambiente, começo pelo candeeiro num canto da sala. sozinho, imóvel, sem um mínimo de esforço para se integrar; e penso: tss,
antisocial... logo ao lado o sofá, calmo e descontraído como é natural num sofá, um irrecusável convite á tertúlia, tal como a mesa e as três cadeiras que encontro quase atrás de mim, que de descontraídas não têm nada...
o sol espreita pela janela, como que esgueirando-se por entre as cortinas para participar com um pouco de luz para este cenário, arrisco dizer, quase mágico. abro as cortinas e deixo-o entrar livremente e diluir-se no espaço, tudo parece estar no seu lugar, talvez por isso me sinta tão confortável aqui. tranquiliza-me saber que tenho um lugar onde posso abrir a porta e sentir-me em casa...e isto começa antes mesmo de chegar a essa porta quando sou recebido por um ser peludo que habita estas paragens e que faz questão de me reduzir a uma enorme poça de baba cada vez que passo pelo portão.
um pouco mais tarde e encontro-me mais uma vez sentado nesta estranha cadeira que me transporta para todos os lugares que não conheço deixando sempre a sensação de nunca ter saído do lugar, é possível mesmo que não tenha aterrado, que não tenha sequer abandonado a tal sala mágica que esconde a porta para um imenso charco, onde calço a bela da galocha e chapinho, tentando salpicar quem estiver á volta. e se por acaso andares por aí agora é provável que te acerte também, gentilmente claro, mas também não muito porque não gosto de passar ao lado...

abraços

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