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terça-feira, janeiro 27, 2004

quisera ser um fio do seu cabelo, tempos houve em que a simples ideia da sua existência chegava para o alimentar, acordar era o objectivo unico apenas para poder estar de novo, apenas estar, partilhar o mesmo oxigénio e receber o seu sorriso, um sorriso que preenche o horizonte e nos acalma como uma chavena de chá.tocá-la seria o paraiso...
hoje e aqui não amá-la é a tortura, o vazio de um dia depois do outro, sem uma pergunta ingénua ou uma preocupação(por vezes quase incompreensivel ao comum dos mortais)com aquilo que faz os outros sofrer,sejam eles quem forem.
mas mesmo assim não se lembra, não quer,não sabe do que falam.a dualidade de sentimentos mata-o, não amá-la significa não amar mais nada e no entanto não quer este amor, porque o consome na medida em que o alimenta, porque o desgasta na medida em que o faz viver.
chora agora como um rapazito a quem tiraram o brinquedo favorito, baba e ranho em quantidades industriais, por todos estes dias calado, frio, imutavel, sem sentidos.acorda para esta realidade com que não consegue lidar mas que não lhe dá outra hipotese senão fazê-lo... ou parar.e parar não consegue por isso tem de seguir em frente, só que agora o mundo parece-lhe incolor, insonso, inodoro.
quisera ser tudo e todos para tudo sentir, qual Fernando Pessoa, mas acabei limitado a mim....

abraços

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