"ah, reggae music, it's rebel music... ei mister cop, won't find no birth certificate of me now..."
quando acordei estava em plena estação do metro em lisboa (numa delas), um pequeno homem numa farda azul aproximou-se e perguntou-me pela minha identificação.estava bem na minha frente mas só descansou quando lhe passei para a mão um pequeno papel de tons amarelados, que seria supostamente a minha identidade.em dois segundos fiquei reduzido a um pedaço de papel e uma fotografia, qual david copperfield aquele homenzinho de azul transformara-me num bilhete de identidade. o mais abstracto de tudo era que aquele era um bilhete que não me levava a destino nenhum... nem mesmo para longe daquela situação.
" build your penitenciarys, yes we build your schools
brainwash education, they wan't to make us the fools"
e neste momento só o bob me diz alguma coisa...
não tenho idade nem identidade, vou nesta corrida de ratos empurrado no meio da multidão. nove e meia, duas e um quarto, cinco e vinte cinco, um para a reboleira, bica cheia, cinco mortos na autoestrada do norte, zé maria, boa tarde, bom dia, se faz favor e obrigado.

gordo